Carissima Paola,
tu sai che ti ho sempre riconosciuta come l'amica per eccellenza di Gigliola e la vera madrina della nostra unione. Mi piace tantissimo Bologna, e tutti gli emiliani mi stano simpatici per che mi fanno ricordare te. Ti chiedo di abbracciare e baciare i tuoi genitori a nome mio e di ringraziarli per aver creato e aver messo al mondo una persona meravigliosa come te. Poi, abbraccia, bacia e fai anche qualcosa di più speciale a Sergio che ha saputo tenerti bella e farti madre di due gioiellini, che spero un giorno possano condividere con Marina un'amicizia vera come quella che tu e Gigliola hanno costruito e che custodite da tanti anni con amore, allegria e semplicità.
Ti abbraccio con tanto affetto.
venerdì, gennaio 30, 2009
Amica per Eccellenza
lunedì, gennaio 19, 2009
Notícias do Macaco Avoador
Grande Osair,
menino, que prazer foi receber seu imeio! Me veio logo em mente aquele encontro simpático que tivemos quando levei a jornalista italiana Paola Ciccioli pra visitar o Diário em 1999, justamente em janeiro! Paola tinha vindo a Natal pra conhecer nossa filha Marina. Caramba, dez anos atrás! Tá lembrado?
Há 7 anos não retorno a Natal ou ao Brasil. Da última vez que estive por aí quase dava um chute à "Bota" e recomeçava a vida sozinho na Cidade do Sol. De volta à Itália, passei por uma fase de depressão terrível, de saudade daquelas que matam a gente. Então decidi que só voltaria à Terrinha quando fosse pra ficar ou pra participar a um projeto que me levasse e me trouxesse de volta à Gigliola e Marina, sem dores, sem tentações. Nestes anos de distância aprendi que são as amizades verdadeiras a herança que resiste mais à ação do tempo. Mantive os laços com várias pessoas, menos de quantas desejasse, e algumas delas até vieram-me visitar por aqui. Chico Canhão com a família, João de Deus da Honda e até Vicente Vitoriano acabei indo encontrar em Roma. Todos eles prometeram voltar este ano. A gente adora receber os amigos em casa. Este é um convite também a você e à sua família. Recebo notícias da galera através dos jornais, dos blogs e das crônicas que o Tácito Costa escreve ad hoc pra mim, contando o que sabe das pessoas que conheço mas que não aparecem nos quotidianos da cidade. Desde que me mudei pra cá, agarrei-me no galho da fotografia feito macaco avoador que pulou longe demais. Por dois anos trabalhei de operário em uma indústria gráfica, mas fotografava até mesmo no horário de serviço. Depois comecei a trabalhar com meus semelhantes: os doidos e os velhos e continuo até hoje. Trabalho num centro de saúde mental e num asilo chic, que aqui chamam casa de repouso. Utilizo a fotografia como instrumento lúdico, relacional e reabilitativo. Acabei-me reciclando profissionalmente. Publiquei um livro com o título "Il Volto e la Voce del Tempo", A Face e a Voz do Tempo. Fiz um mestrado na Universidade de Veneza em Comunicação e Linguagens não Verbais: Musicoterapia, Psicomotricidade e Performance. Agora estou fazendo uma segunda graduação, em psicologia, na Universidade "La Sapienza" de Roma. Comecei a colaborar esporadicamente com a Universidade de Veneza, onde fiz belas amizades e onde encontrei um terreno fértil para continuar uma pesquisa iniciada no campo da fotografia terapêutica ou fototerapia. Moro em Loreto, na região Marche, que se pronuncia "Marque", mas é em Veneza que me sinto como se estivesse em casa, uma casa que flutua no tempo e num espaço improvável. Recentemente recebi as fitas de vídeo em VHS com o registro de 10 anos de presepadas babilônicas e de vida deliciosamente besta da Vila de Ponta Negra. Tudo mofado mas recuperável, como espero seja a memória de um período aventuroso que vivi em plena consciência de que era a parte mais bonita da minha vida. Um grande abraço babilônico a você e a todos da redação do Diário.
Ayres Marques